4 de janeiro de 2010

Nokia, Debian, Apple, smartphones e muito money

Depois de muita especulação, a Nokia confirmou o lançamento na Europa do N900, seu smartphone cheio de recursos bem bacanas e rodando em Maemo 5, baseado em Debian Linux. E agora, iPhone?

As configurações do N900 não deixam a desejar em momento algum. Com uma tela sensível ao toque resistiva de 3,5 polegadas com resolução de 800 por 480 pixels, ele ainda tem um teclado QWERTY no formato slide, lembrando o N97 – inclusive, deixando seu irmão parecendo um celularzinho qualquer. Se isso já era o necessário para chamar a atenção, por dentro ele manda ainda melhor.



Se o que você precisa é espaço, o N900 tem 32 GB de memória interna que ainda pode ser expandido para 48 GB com um microSD. Na hora de se conectar, Wi-Fi, 3G, Bluetooth 2.1, GPS e A-GPS fazem a festa. Ainda rola uma saída para TV e um transmissor de rádio FM. E a câmera parece ser coisa fina também, com 5 megapixels e lentes da Carl Zeiss com duplo flash de LED.

Se isso já parecia o bastante, esqueça o Symbian. O Maemo 5 foi atualizado e deverá rodar alguns aplicativos bacanas, além de contar com o browser próprio, baseado no Mozilla Firefox com suporte a Flash 9.4. Como sua base é Debian Linux, dá para esperar alguns bons aplicativos para o N900.



Ele começa a ser vendido na Europa semana que vem por cerca de 500 euros e esperamos que ele saia do continente gelado para o resto do mundo. Abaixo, um vídeo demonstrativo todo cheio de pose do N900. E repetimos a pergunta: e agora, Apple?


Fonte: INFO

Microsoft vai por saco?

Se a Microsoft não fizer algo, as pessoas usarão Linux.

A menos que a Microsoft faça algo drástico, acho que este será o fim do Windows, um paradigma de sistema operacional que deveria ter sido quebrado há anos. Desde o Windows 1.0, divulgado há 24 anos, a empresa não mudou seu nome. Primeiro havia algum esquema numérico normatizado, como Windows 1.0, Windows 2 e assim por diante. Então vieram as letras, como NT, ME e XP, e as letras com números, como NT 3.11. Depois, as datas: Windows 95, 98 e 2000. Como isso não funcionava direito, a empresa deu a ele um nome. Surgiu o Vista, o maior fracasso. Agora temos o Windows 7. Se a Microsoft não fizer algo espetacular, as pessoas usarão Linux. Instalei Linux no computador da minha mulher. Ela usa sempre, mas diz: “é estranho”. Pergunto por que e ela responde: “ah, você sabe, é estranho”. Instalei também o AbiWord. Ela não gostou e disse que é diferente. Indaguei por que e ela afirmou vagamente: “ah, é diferente”. Mas ela continua usando.

Eu não estava convencido de que o Linux poderia dominar os desktops um dia. Mas estou certo de que isso ocorrerá. Tudo que é Open Source se move devagar. O Firefox demorou a ser relevante. O Open Source é genuinamente o conto da lebre e da tartaruga — e ele é a tartaruga. Uma companhia de software tradicional é como a lebre. Veja como a Microsoft faz com seus produtos. Enquanto eles estão à frente dos outros, ela se acomoda e não faz nada. Quando chegam perto, ela corre como louca.

Nesse momento, a tartaruga Linux alcançou o Windows 95 e está próxima do 2000, que, para muitos observadores, inclusive eu, foi o ápice do sistema da Microsoft. Tudo desde então foram apenas mudanças em desenhos de janelas e floreios sem importância. Com o progresso da tartaruga Linux nos próximos anos, não haverá por que não usá-lo.

Parece que a Microsoft não está muito preocupada em tomar um rumo. Ela tem acordos com fabricantes e quase 90% dos PCs são vendidos direto de fábrica com Windows. As pessoas, incluindo minha mulher, conhecem o nome Windows e ele é praticamente autossustentável. Então nossa única esperança real é que algo caia do céu. Há indícios de que o Google pode desenvolver um sistema operacional que as pessoas talvez prefiram usar. A chance de máquinas com processadores de múltiplos núcleos rodarem vários sistemas parece promissora. Acho que seria ainda mais interessante se a própria Microsoft adotasse o padrão Linux. Muita gente esquece que ela já vendeu o Microsoft Xenix.

Os cientistas da computação sabem que a criação de software não acompanha a de hardware, que se desenvolve mais rápido. Por que isso? Nunca ouvi um bom argumento, exceto o de que criar programas é mais difícil que fazer chips menores e mais rápidos. Mas não me lembro de um momento em que a defasagem dos programas fosse tão extrema quanto agora.


autor do artigo: Luiz cruz

Seven tem Linux em seu interior

A Microsoft admitiu que uma ferramenta utilizada em favor do Windows 7 contém códigos desenvolvidos pela comunidade de código aberto e publicados sob licença GPL v2.

O aplicativo em questão é o USB Tool, uma ferramenta gratuita oferecida na Microsoft Store que permite a usuários criar arquivos de boot para o Windows 7 a partir de dispositivos USB, como um pen drive.

Este tipo de recurso pode ser muito útil, por exemplo, para instalar o Windows 7 em um netbook, que não possui drive óptico e, por tanto, deve copiar o sistema operacional de outras formas, como via download ou por meio de uma conexão a drive externo, via USB.

Em post no blog Port 25, o gerente da Microsoft para assuntos open-source, Peter Galli, explica que “após olhar o código em questão, nós podemos agora confirmar que ele esta aí (códigos sob GPL v2), apesar de isso não acontecer de forma intencional de nossa parte”, diz Galli.


Fonte: INFO