Por Lucas Sabino
Hoje, conversando com um amigo, discutíamos sobre o ensino superior mundial, logo depois chegamos ao brasileiro. Ele comentou que estava infeliz com o método utilizado na faculdade do mesmo. Nos moldes que a faculdade está hoje, infelizmente, tenho que dizer que estamos sendo de certa forma iludidos por aqueles que se dizem professores.
Em primeiro lugar, precisamos rever o significado das palavras “professor” e “aluno”. Veja a definição de professor e professar seguindo o dicionário Michaelis:
“Professor: Homem que professa ou ensina uma ciência, uma arte ou uma língua; mestre.
“Professar: Reconhecer publicamente; confessar, declarar; prometer, jurar.
Para o grande Filósofo Aristóteles a palavra “aluno” é a junção de “a” com “luno”, ou seja, segundo ele, alunos eram pessoa que não tinham luz, mas que receberiam futuramente através do conhecimento.
Percebemos então que, temos por definição que o aluno tem como característica ser passivo (não buscar conhecimento, ou melhor, esperar “a luz” do professor) e que o professor é aquele cuja finalidade é informar (ou melhor seguindo o segundo significado: jurar e confessar em público achando que aquilo é a verdade absoluta, uma vez que ele sabe e ponto).
Na minha humilde opinião, acho que está tudo errado... Eu mudaria os conceitos para facilitador e aprendedor, respectivamente, o professor e o aluno. Ninguém ensina nada pra ninguém. O que existe é um facilitador. Exemplo: Livro. O professor mostra o caminho que conseguiu com a experiência, e mostrar o caminho não é colocar conhecimento na sua cabeça. Simplesmente é mostrar como colocá-lo lá. Se você decide se sim ou não é uma escolha sua. Então ninguém ensina nada a ninguém, cada um aprende o que diz “sim, eu quero aprender isso”, ou seja, independe do professor.
Um dos melhores facilitadores a aprendizagem é o livro. Dúvida/duvida? Qual a fonte do seu professor? Onde ele vai para buscar conhecimento para lhe passar? Quando ele tem dúvidas o que ele faz? Todas as respostas vão até o LIVRO. Ou seja, quem é real professor não é o seu professor, mas sim, o professor dos professores: o livro. E é claro que você não precisa de um intermediário para aprender e obter a luz. Basta ir ao livro, o mestre dos professores. Uma vez pensado isso, você não precisa de um professor para aprender, pois, você se torna o seu professor, lendo e obtendo conhecimento porque você sabe que é bom e importante, não por estar sendo obrigado pelo seu professor a aprender. A interação perfeita: Você e o livro. Sem intermediários.
Mas aparentemente passar conhecimento ou indicar um facilitador não é o sentido da vida de alguns professores. Muitos professores não professam e nem indicam o caminho. Em algumas faculdades e universidades, os professores estão mais preocupados em ganhar dinheiro e fingir que sabem muito ao invés de mostrar (mesmo que não sendo da sua área em específico) o que é empreendedorismo, criatividade, filosofia, política (para que os brasileiros saibam votar), e como obter conhecimento e informação da forma mais ideal possível. O Ensino superior brasileiro tem tomado muito tempo de seus alunos que poderiam estar usando outros meios como a prática para complementar a busca pelo conhecimento.
Acho que não deve existir um aluno que seja, que faça qualquer coisa por obrigação, e sim que faça porque sabe que esse é o melhor caminho a aprendizagem dele mesmo, fazendo com que o mesmo cresça. E depois consequentemente, essa mudança irá desenvolver ele, logo depois atingir toda a sociedade na qual ele vive, participa e influencia.
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